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Modo caverna? Modo montanha...? ou Modo Floresta?

Inspirado em um movimento que se intensificou ultimamente e, de algum modo me encantou, há cerca de um ano eu saia de um período de recolhimento voluntário, pois meses antes eu havia decidido me "isolar" por algum tempo. Passei a ficar mais focado em estudar, no meu aprimoramento intelectual e espiritual, e me mantive distante do lazer, dos encontros sociais e do mundo digital, principalmente, de redes sociais — entrei no que chamam de “modo caverna”. Até usei isso como título de uma das minhas publicações no Instagram em agosto de 2024, logo após sair deste recolhimento.

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Curioso é que, um ano depois, me vejo na mesma pegada: já tem um tempo que estou meio que em modo de isolamento, principalmente como produtor de conteúdo e também como consumidor — em especial dessas bobeirinhas, sabe? Aquelas que roubam nosso tempo, tipo aquela dose homeopática do dopamina no looping do arrastar a tela pra cima em infinitos reels, stories, shorts e tiktoks, mas calma! Não de toda tela, me permiti somente aquilo que realmente podia e pode me ajudar a crescer, mesmo que as vezes eu trombasse com estes devaneios, que logo já pulava fora. É preciso discernimento e foco: existem várias formas de usar a internet. Tanto pra o próprio bem, tanto como para o próprio mal. E assim me mantive (e ainda estou) durante, sei lá, uns 3 ou 4 meses, isso de ficar no off começou em meados de abril, logo após meu retorno de uma jornada até o RJ, mas isso é outra história.


E assim me mantive após esse retorno de viagem: estudando e me aprimorando. Eu ainda produzi alguns conteúdos e postagens nesse meio tempo e subi nas redes sociais (YouTube, TikTok e Instagram), mas, muito mais com o objetivo de fazer testes e experimentações de formatos do que necessariamente pra engajar ou aumentar base de seguidores ou, ainda, "passear".



Nestes últimos meses, eu realmente reduzi o ritmo nas redes sociais e na dispersão, isso pra poder focar no que eu precisava resolver e, principalmente, aquilo o que eu precisava sanar com brevidade:

  • Concluir o meu livro, O Codex ALMA do Paisagismo,

  • Terminar de construir a Academia Floresta Urbana,

  • Gravar aulas e represar conteúdo pra rede social (deixei de fazer disperso no dia a dia e optei em fazer muita produção pra poder soltar a conta gotas),

  • Tocar o rebranding da minha empresa de paisagismo, desenhando e projetando novos cenários de posicionamento,

  • Administrar mudanças abruptas na estrutura e processo dos negócios,

  • Me aliviar da sobrecarga das atividades de campo,

  • E, acima de tudo, buscar me aperfeiçoar para poder voltar melhor e mais forte.

Esse “congelar da telinha” foi (e ainda é, ao momento em que escrevo este artigo, ao final de julho de 2025) necessário para me reconectar com a essência, a minha essência. Mas então me veio um insight: será que “modo caverna” é o termo certo?


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O dilema do “modo caverna”

Segundo Platão, a caverna é um lugar obscuro, onde vemos apenas as sombras da realidade. É um símbolo de isolamento, sim, mas não necessariamente de elevação. E isso me soou paradoxal, porque o tal “modo caverna” prega o isolamento para o crescimento, mas... nas trevas, com sombras da realidade, não conseguimos ver tão longe. Algumas correntes entendem que a caverna é um ponto de introspecção e reflexão, mas, ainda assim, vejo como um lugar escuro, frio e lúgubre, que projeta apenas as sombras do que é o mundo real.


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E se fosse o “modo montanha”?

Pensei em rebatizar para “modo montanha”. Afinal, há algo de elevado e introspectivo nesse símbolo. Vou até dar um gancho de uma história, rapidinho: O Bonsai é uma das minhas paixões e, segundo reza a lenda, um dos mitos contados a respeito do surgimento desta arte é que, os antigos monges subiam as montanhas buscando isolamento e paz para a elevação espiritual e, para isso, sentavam-se sob uma linda árvore no alto cume da montanha, mas durante o inverno ficava inviável a jornada através da neve, então decidiram levar para os templos as árvores, mas em forma de miniatura, em pequenos vasos. Daí surgia o Bonsai. Mas, retomando a ideia de assumir um "modo montanha", me pareceu uma linda filosofia. Só que aí.. aí lembrei de Legionários da Montanha, e brochei, confesso que essa expressão que foi esvaziada por gente uma gente "paia" demais, ferida por gritos de homens de personalidade fraca, num ar de modinha, no cume da montanha — e não, isso não combina comigo. Decidi pensar em outra ideia.


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Então me veio o óbvio: modo Floresta.

Na floresta, há tudo o que precisamos. Tem luz e sombra, perigo e alimento. Tem silêncio e também os sons da vida. A floresta não tem excesso, só o essencial:

  • A comida está nos rios, nas árvores, na terra.

  • A sabedoria ancestral ecoa nas folhas e no vento.

  • É o espaço de paz e elevação que precisamos.

A floresta é o Jardim do Éden, é o templo natural.E assim, batizo o meu processo de recolhimento e aprimoramento como "modo floresta." Por sorte, coincidência e ironia do destino, escolhi o meu jardim, a Floresta Urbana. E aqui me pus, em introspeção, reflexão e crescimento. Em breve estarei de volta, voltarei a trazer este post e vamos falar mais sobre ele.


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E você? Quando precisa dar uma pausa, para crescer e voltar melhor, como imagina chamar isso? Modo caverna, montanha ou floresta?

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A Academia Floresta Urbana é uma plataforma de cursos livres, voltada para o treinamento e capacitação de paisagistas, arquitetos, jardineiros e profissionais afins, além de entusiastas, que desejam aprender sobre paisagismo através do conhecimento e experiência compartilhados por Thulio Santiago Castro, engenheiro florestal / paisagista, com mais de 20 anos de atividades voltadas às plantas, jardins e paisagismo. Os cursos oferecidos não possuem certificação reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), sendo destinados exclusivamente ao desenvolvimento profissional e pessoal.

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